Torne a sua época festiva doce

Como esta época é sinonimo de doces, passei só para deixar um docinho Caboverdiano de dar agua na boca, espero que gostem… Boas Festas

Doce de Leite

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Ingredientes

  • 2 l de leite gordo
  • 500g de açúcar
  • 1 c chá de bicarbonato
  • 1 Vagem de baunilha

Preparação

Abra a vagem de baunilha com uma faca no sentido do comprimento, e raspe as sementes.
Misture o bicarbonato com o açúcar e leve ao lume com o leite e com as sementes da baunilha.
Quando levantar fervura, reduza o lume para o mínimo e deixe fervilhar muito lentamente durante 2 a 3 horas.
Mexa apenas ocasionalmente.
Quando atingir a consistência pretendida, retire do lume e bata muito bem para alisar.
Coloque em frasco esterilizado, deixe arrefecer e guarde no frigorífico.

Cuscuz de Farinha de Milho

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Ingredientes

500 g de farinha de milho fina

1 chávena de água morna

6 colheres (de sopa) de açúcar

4 colheres (de sopa) farinha de mandioca fina

1 colher (de chá) de pó de canela

Farinha de trigo (pasta para selar o tacho)

 Preparação

  1. Coloque as farinhas de milho e de mandioca num recipiente e polvilhe com a água.
  2. Misture energicamente para que fique húmida sem no entanto ficar empastada. Se estiver muito seco polvilhe com mais água. Atenção que a mistura deve ficar solta.
  3. Junte o pó de canela e o açúcar e misture novamente de forma enérgica esfregando o preparado com as duas mãos.
  4. Retire o binde (cuscuzeiro) da água e coloque a mistura no mesmo, esfregando-se sempre com as duas mãos. Quando acabar, calque levemente com uma colher.
  5. Coloque um tacho pequeno com água e coloque por cima o binde.
  6. Faça uma pasta com água e farinha de trigo para tapar as fendas existentes entre o tacho e o binde para não deixar sair vapor pelos lados. Depois de selado, leve ao lume brando, tapando o binde com um prato.
  7. Quando começar a soltar fumaça através da tampa (prato), é sinal de que o cuscuz subiu com o vapor e está pronto.
  8. Corte em fatias ainda quente, barre com manteiga ou mel e sirva!

Boas festas

Já estamos em época de festividades, e como tal, vou deixar no blog um miminho…

Rebuçados de ovos de Portalegre! São pequenos rebuçados de ovos e açúcar feitos apenas em Portalegre para o mundo. São um pequeno pecado (digo isto, pois, foram originalmente as freiras de Portalegre que inventaram esta doçaria que se tornou um ícone da cidade).

Há mais de três séculos que a receita tem sido preservada como um tesouro pelas mãos de quem secretamente passa.

Deixo aqui o site da Fábrica do Rebuçado 

Resta-me desejar-vos a todos um Feliz Natal!

Caldeirada de Garoupa

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Ingredientes

6 Batatas

3 Bananas Verdes Grandes

1 Mandioca Grande

1 Colher de Sal Fino

1 Garoupa Média

1 Folha de Louro

1 Cebola Média

1/2 Pimento

1/2 Tigela de Azeite

5 Tigelas de Água

1 Colher de Vinagre

Sal q.b.

1 Pedaço de Pimentão Picante

Preparação

Tempere de véspera o peixe com alho, picante, cebola picada, louro, vinagre e pimento. No dia seguinte, polvilhe o peixe com sal e sal fino. Leve ao frigorífico por algumas horas. Refogue pimentão picante, cebola, alho, azeite, pimento e louro numa grande panela. Quando terminar, junte filetes de peixe e deixe refogar mais 5 minutos. Junte 5 tigelas de água e comece a cozer em lume brando ou médio. Ao fim de alguns minutos, junte batatas descascadas, bananas verdes cortadas em três e pedaços de mandioca. Cozinhe em lume brando durante 20 a 30 minutos. Junte mais sal a gosto e sirva quente.

Cachupa

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Ingredientes

  • 500g de frango
  • 500g de carne de vaca de cozer
  • 1 pé de porco
  • 1 chouriço
  • 1 morcela (Enchido Português)
  • 1 farinheira (Enchido Português)
  • 150g de toucinho
  • 100g de banha
  • 2 cebolas
  • 3 dentes de alho
  • 1 folha de louro
  • 1 l de água, aproximadamente
  • 0,5 l de milho p/ canjica
  • 3 dl de feijão-pedra (feijão-vermelho)
  • 3 dl de favona (espécie de feijão-branco grande, com as pontas vermelhas.)
  • 4 folhas de couve portuguesa
  • 300 g de batata doce
  • 200g de abóbora
  • 300 g de banana verde
  • 1 ramo de salsa
  • sal e pimenta de cheiro

Modo de preparo

Demolha-se o feijão e o milho. No dia seguinte, cozem-se. À parte, cozem-se as carnes e o toucinho. Noutro tacho cozem-se também as folhas da couve cortadas aos bocados, a abóbora em cubos e a banana às rodelas grossas. Leva-se um tacho ao lume com a banha, as cebolas e os dentes de alhos picados, a folha de louro e o ramo de salsa.

Logo que a cebola comece a ficar mole, misturam-se as carnes desossadas e cortadas ao bocados, e as hortaliças, tempera-se com pimenta de cheiro e adiciona-se a água da cozedura das carnes e a água simples (para não ficar um caldo muito forte). Ferve um bocadinho em lume brando, para apurar.

Acompanhe com arroz branco.

Gastronomia de Cabo verde_ São Vicente

São Vicente oferece uma variada escolha gastronómica de carácter marítimo e não só.

A oferta a nível de peixe e marisco é a mais variada possível. Lagosta, perceves, lapa, búzio, sem esquecer as famosas ‘bafas’ que fazem as delícias dos apreciadores de marisco.

O atum fresco, cozinhado em caldeirada, cebolada ou simplesmente grelhado é uma excelente alternativa.

A base da cozinha popular é o milho que, preparado de diferentes maneiras, acompanha, normalmente, a carne de porco, o feijão, a mandioca e a batata-doce.

O mais conhecido e apreciado prato é a ‘Katxupa’ – a receita nacional, emblemática de Cabo Verde. Porém, existem outros pratos de grande riqueza gastronómica: o arroz de cabidela de marisco, o guisado de percebes, o Bife de Atum com arroz de favona, entre outros.

Em relação à bebida: o famoso grogue é o mais apreciado, mas também existem ainda o ponche – ‘pontxi’ de vários tipos.

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Enquadramento Histórico_São Vicente

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 São Vicente é a segunda ilha mais populosa de Cabo Verde, e a primeira em atividades culturais. É localizada no grupo do Barlavento, a noroeste do arquipélago.

De origem vulcânica, a ilha de São Vicente tem uma forma retângula e um pouco plana. Com uma superfície de 227 km2, a ilha ainda hoje conserva as suas origens vulcânicas.

Descoberta a 22 de Janeiro, dia de São Vicente, ela ficou inabitada até o séc. XIX. Foram muitas as tentativas de a habitar, mas isto só veio a ser possível com a construção do Porto Grande em 1838, ponto de paragem para os barcos que cruzavam o Atlântico.

São Vicente possui um povo pacato, amável e alegre, seu cenário de visita é a cidade portuária de Mindelo. Mindelo é cidade de São vicente cujo crescimento foi marcado pela construção do Porto Grande que, durante décadas, serviu de escala para barcos de todo o mundo. É uma cidade de festa e de folia, as ruas e frentes do Mindelo refletem a vida cosmopolita que marca cada dia mais o seu quotidiano.

A maioria das pessoas vem a esta cidade para desfrutar a morabeza da vida urbana desta acolhedora cidade de Mindelo.

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 Além de Mindelo, local que conta com recursos urbanos como atendimento médico, mercados e edifícios históricos, o visitante também se encantará com as praias agradáveis da Baía das Gatas, Calhau e de São Pedro.

São Vicente foi sempre uma ilha fértil em atividades de diversão culturais. A sua noite é famosa pelos seus bares animados com música ao vivo, nos quais por exemplo se iniciou a carreira de Cesária Évora. Além da música, na cultura são-vicentina destacam-se áreas como o teatro e a literatura. Eventos anuais têm grande destaque, como Carnaval e as festividades de Fim de Ano.

Enquadramento Histórico_Cabo Verde

O arquipélago de Cabo Verde começou por fazer parte de uma estreita área do Atlântico, que o ligava à Península Ibérica, e de um litoral africano, que não ultrapassava a Serra Leoa.

Em 1460, estas ilhas africanas, foram descobertas. Foram momentos que marcaram a vida da humanidade de uma forma transcendente. Foram momentos de navegação e de descoberta. Descoberta de novos mares e de novos mundos. Era o início de um processo de globalização que modificou profundamente as relações entre povos e continentes.

Em Maio de 1460, navegadores portugueses descobriram as ilhas de Cabo Verde, onde não existiam quaisquer indícios de presença humana. Foi precisamente na ilha de Santiago que o povoamento se iniciou.

Por causa da sua localização estratégica, Cabo Verde serviu de ponto de escala e entreposto comercial obrigatório nas rotas de navegação e tráfego de escravos entre a Europa, África e América. Mas com a abolição da escravatura e a deterioração das condições climatéricas, o país sofreu as consequências, passando a ser caracterizado por uma economia pobre, de subsistência.

Da aglomeração dos Europeus livres e escravos africanos deu-se a origem ao povo cabo-verdiano. http://asemana.sapo.cv/spip.php?article53126

Mais tarde, em 1956 surge o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), pela iniciativa de Amílcar Cabral. Deste modo, o PAIGC e Portugal assinam um acordo a 19 de Dezembro de 1974, instaurando-se um Governo de transição no país. A 5 de Julho de 1975 foi celebrada a independência de Cabo Verde.

Em 1991, com a realização das primeiras eleições pluripartidárias realizadas no país, foi instituída uma democracia parlamentar constituída por instituições que viabilizavam uma democracia moderna.

Situado em pleno Oceano Atlântico, Cabo Verde é um arquipélago da África ocidental situado a 500 km da costa ocidental africana em direção ao Senegal e ao promontório africano donde provém o seu nome. Tem fronteiras marítimas a oeste com o Senegal, Mauritânea, Gâmbia e a Guiné-Bissau.

É um arquipélago constituído por 10 ilhas, sendo a maior, a ilha de Santiago e a de menor dimensão a ilha da Brava e encontra-se dividido em duas regiões:

  • A norte: as ilhas de Barlavento: Santo Antão, São Vicente, Santa Luzia, São Nicolau, Sal e Boa Vista;
  • A Sul: as Ilhas de Sotavento: Maio, Santiago, Fogo e Brava.

 MapaCaboVerde

A cultura de Cabo Verde possui características singulares. É “mestiça”, como a sua população, numa das misturas mais originais e criativas do continente africano. O artesanato tem grande importância na cultura cabo-verdiana. A tecelagem e a cerâmica são artes muito apreciadas no país. Produzido para utensílio, para decoração, o artesanato do Cabo Verde é muito singular e é verdadeiro instrumento de expressão da cultura popular. Hoje em dia, ele é igualmente atração para os turistas, constituindo seu fabrico e comercialização o único meio de subsistência para algumas famílias.

Olá pessoal!!!

Eu vou falar um pouco da Gastronomia de Cabo Verde mais precisamente da ilha de São Vicente.

Em primeiro lugar vou fazer um enquadramento histórico do país, de forma a conhecerem um pouco a cultura, os hábitos e costumes deste país pacato, oferecendo uma viagem a um “mundo” cheio de pessoas amáveis e alegres.

E só depois postar receitas que sem dúvida vão deixar-vos com “ água na boca”. Espero que gostem 🙂

Boleima de Portalegre

Portalegre tem uma vasta gastronomia e hoje vou publicar a receita de uma doçaria bastante conhecida na zona… Boleima, existem duas versões desta iguaria: uma com maçã e outra apenas com açúcar e canela. Esta será com maçã.

  Boleima.

Boleima de Portalegre

750 g de farinha sem fermento
750 g de maçã, descascada e laminada
100 g de açúcar amarelo
1 dl de azeite
1 cálice de aguardente (aproximadamente 20 ml)
água q.b. para amassar
açúcar amarelo e canela q.b. para polvilhar

Pré-aquecer o forno a 220º. Forrar um tabuleiro de forno com papel vegetal ou untar com manteiga e polvilhar com farinha.

Ferver o azeite e vertê-lo sobre a farinha. Juntar a aguardente e 100 g de açúcar amarelo e amassar muito bem à mão ou com uma batedeira eléctrica que tenha um acessório para massas. Adicionar água à medida que for necessário, até formar uma bola de massa homogénea.
Dividir a massa em duas partes iguais. Colocar uma das metades no balcão polvilhado com farinha e estender com a ajuda do rolo da massa até se ter a dimensão e forma do tabuleiro. Colocar a massa no fundo do tabuleiro e polvilhar com uma mistura de açúcar amarelo e canela. Dispor a maçã laminada e voltar a polvilhar com canela e açúcar amarelo. Estender a segunda metade de massa do mesmo modo e colocar sobre a maçã. Polvilhar novamente com canela e açúcar amarelo.
Levar ao forno durante 30 a 35 minutos, até a massa se apresentar firme ao toque.

Esta receita foi dada pelo Sr. César Azeitona, nascido em Portalegre.